Outras experiências sobre o Orçamento Participativo
Devido à longevidade e à importância adquirida por seus resultados, o
Orçamento Participativo de Porto Alegre ganhou projeção nacional e
internacional, gerando novos paradigmas da participação cidadã
institucionalizada por governos municipais.
No Brasil, segundo pesquisa do Fórum Nacional de Participação Popular ,
entre 2001 e 2004, 140 municípios brasileiros haviam iniciado
experiências de Orçamento Participativo. Em países da Europa, calcula-se
que esse número passasse de 50 municípios, no ano de 2005 From Porto Alegre to Europe: Potentials and Limitations of Participatory Budgeting.
Outras cidades latino-americanas, como Montevidéu, Caracas ou Buenos Aires, ou ainda países como o Peru, tem constituído suas formas de Orçamento Participativo, adaptando-as.
A prefeitura de Belo Horizonte inovou, ao adotar o Orçamento Participativo Digital, votação eletrônica onde qualquer cidadão pode opinar e votar nas obras de sua preferência através da internet. Durante a gestão de Marta Suplicy
(PT), entre os anos de 2001 e 2004, a Prefeitura de São Paulo, adotou o
OP, com algumas outras inovações: o "Orçamento Participativo Criança",
sistema diferenciado de participação em todas as escolas públicas
municipais para demandas de investimentos em escolas e bairros,
implementado no último ano; a facilidade para representação de delegados
para nove coletivos sociais considerados vulneráveis (mulheres, negros,
indígenas, pessoas sem moradia, GLBT,
pessoas com deficiências, jovens, idosos, crianças e adolescentes); e
cursos de formação para delegados, conselheiros e técnicos da
prefeitura.
José Serra declarou numa sabatina no Diário de S. Paulo , durante sua campanha à prefeitura, que: "O Orçamento Participativo é puro marketing" e que "O meu orçamento participativo vai ser de verdade, não a demagogia que é hoje". Não obstante, com a derrota eleitoral do PT, nas eleições seguintes, e a posse do Prefeito José Serra, o OP foi simplesmente descontinuado na cidade de São Paulo.
O orçamento participativo permite à população discutir orçamento e
políticas públicas. Seu objetivo é assegurar participação direta na
definição das prioridades para os investimentos públicos. Com isso, a
decisão sobre os recursos municipais fica compartilhada entre os poderes
Executivo e Legislativo e a população.
- No Estado de São Paulo
Entre 1997 e 2000 havia, no Estado de São Paulo, 23 municípios com Orçamento Participativo, dos quais nove eram administrados pelo PT, sete pelo PSDB, e os demais pelos outros partidos políticos. Dentre os principais municípios que adotaram o Orçamento Participativo, pode-se citar Americana, Bernardino de Campos, Caçapava, Catanduva, Franca, Guarulhos, Itapecerica da Serra, Jaboticabal, Mauá. Mogi-Mirim,Bauru, Santo André, São Carlos, e vários outros.
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