Neste contexto, várias experiências de gestão participativa de
planejamento e execução do orçamento público, foram sendo testadas, em
várias cidades, como Diadema (São Paulo) ou Vila Velha (Espírito Santo).
Em ambos os casos, foram constituídos órgãos com a presença de
moradores para discutir o uso do orçamento municipal. Normalmente,
valorizavam-se as associações de moradores como órgãos legítimos de
representação dos moradores, e deste modo, tais associações eram
convidadas a integrar tais órgãos consultivos em que as prefeituras
tomavam conhecimento das necessidades e demandas da população.
A experiência de orçamento participativo surgiu na cidade de Porto Alegre, capital do estado do Rio Grande do Sul, na gestão de Olívio Dutra, do Partido dos Trabalhadores
(PT), em 1989, como resultado da pressão de movimentos populares por
participar das decisões governamentais. Desde 1986, a UAMPA - União das
Associações de Moradores de Porto Alegre, havia participado de
discussões para o planejamento do orçamento municipal, ainda sob a
liderança do prefeito Alceu Collares, do PDT. Entretanto, a diferença
destes processos em relação ao Orçamento Participativo, que se implantou
com a gestão do Partido dos Trabalhadores, é que foi criada uma
metodologia por meio da qual cada cidadão que se fizesse presente às
"Plenárias Regionais" podia votar sobre quais os tipos de necessidades o
governo municipal deveria atender. Esta metodologia, na sua totalização
dos votos, considerava a localização do voto, atribuindo pesos maiores
às regiões da cidade, em função da carência da prestação dos serviços
públicos, dentre outros critérios.
Depois de considerados os votos por áreas de investimento e aplicadas
as fórmulas de ponderação dos votos, em função dos critérios aprovados
anteriormente, então, elegiam-se delegados, por plenárias, para compor o
Conselho do Orçamento Participativo (COP), onde se especificavam as
obras que poderiam tornar viáveis o atendimento das destinações
percentuais dos recursos por áreas da política pública (educação, saúde,
transporte público, saneamento, moradia, etc.) e por regiões da cidade.
Este modelo de gestão, que existe desde 1989 em Porto Alegre,
ganhou reconhecimento da população, sendo-lhe atribuído parte da
responsabilidade pela permanência do PT à frente da prefeitura de Porto
Alegre durante dezesseis anos.
O processo de construção do Orçamento Participativo e dos Conselhos
Municipais, com a efetiva e crescente participação da comunidade,
transformou-se no elemento mais forte, mais rico e mais importante da
Administração Popular em Porto Alegre.
A atual gestão, sob a liderança do Partido Popular Socialista, mantém o funcionamento do OP, com alterações em seu formato.
Em 1996 a Conferência de Istambul, Habitat II da ONU, ou Cúpula das Cidades, reconheceu o Orçamento Participativo como "Prática Bem Sucedida de Gestão Local". O Orçamento Participativo de Porto Alegre tornou-se uma referência para o mundo. A ONU considera a experiência como uma das 40 melhores práticas de gestão pública urbana no mundo. O Banco Mundial reconhece o processo de participação popular de Porto Alegre como exemplo bem-sucedido de ação conjunta entre Governo e sociedade civil. Representantes de prefeituras brasileiras e estrangeiras e estudiosos do mundo inteiro vêm a Porto Alegre com o objetivo de conhecer seu OP.
Em 1996 a Conferência de Istambul, Habitat II da ONU, ou Cúpula das Cidades, reconheceu o Orçamento Participativo como "Prática Bem Sucedida de Gestão Local". O Orçamento Participativo de Porto Alegre tornou-se uma referência para o mundo. A ONU considera a experiência como uma das 40 melhores práticas de gestão pública urbana no mundo. O Banco Mundial reconhece o processo de participação popular de Porto Alegre como exemplo bem-sucedido de ação conjunta entre Governo e sociedade civil. Representantes de prefeituras brasileiras e estrangeiras e estudiosos do mundo inteiro vêm a Porto Alegre com o objetivo de conhecer seu OP.

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