Orçamento Participativo (OP) é um mecanismo governamental de democracia participativa
que permite aos cidadãos influenciar ou decidir sobre os orçamentos
públicos, geralmente o orçamento de investimentos de prefeituras
municipais, através de processos da participação da comunidade. Esses
processos costumam contar com assembléias abertas e periódicas e etapas
de negociação direta com o governo. No Orçamento Participativo retira-se
poder de uma elite burocrática repassando-o diretamente para a
sociedade. Com isso a sociedade civil passa a ocupar espaços que antes
lhe eram "furtados".[1]
A implementação do OP surgiu com a redemocratização e a promulgação da
Constituição de 1988, quando foi estimulada a participação popular na
definição de políticas governamentais, por intermédio da criação dos
Conselhos Setoriais de Políticas Públicas como espaços de controle
social. As mudanças constitucionais aliadas à vontade popular e política
viabilizaram a implantação em Porto Alegre(RS),
do Orçamento Participativo, em 1989 tendo a proposta de discussão
pública do orçamento e dos recursos para investimento. Muitas
prefeituras adotaram a participação popular baseando-se no modelo de Porto Alegre (RS) como é o caso de Saint-Denis (França), Rosário (Argentina), Montevidéu (Uruguai), Barcelona (Espanha), Toronto (Canadá), Bruxelas (Bélgica), Belém (Pará), Santo André (SP), Aracaju (Sergipe), Blumenau (SC) , Recife (PE), Olinda (PE), Belo Horizonte (MG) Atibaia (SP) e Guarulhos (SP).
Com diferentes metodologias em cada município em que o OP é
executado, suas assembléias costumam ser realizadas em sub-regiões
municipais, bairros ou distritos, em discussões temáticas e/ou
territoriais, elegendo também delegados que representarão um tema ou
território nas negociações com o governo.
Esses delegados formam um Conselho anual que além de dialogar
diretamente com os representantes da prefeitura sobre a viabilidade de executar as obras aprovadas nas assembléias, também irão propor
reformas nas regras de funcionamento do programa e definirão as
prioridades para os investimentos, de acordo com critérios técnicos de
carência de serviço público em cada área do município.

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