quinta-feira, 13 de setembro de 2012
terça-feira, 11 de setembro de 2012
quarta-feira, 5 de setembro de 2012
O voto do analfabeto e a cidadania
São muitas as causas históricas que influenciaram no
surgimento e crescimento do fenômeno do analfabetismo no Brasil. De antemão,
torna-se importante asseverar que o analfabetismo, como fato social que é, só
pode ser entendido em relação dialética com as ideologias nascidas na
infra-estrutura social que determinaram e continuam a determinar a política
educacional brasileira.
Desde o período colonial que a taxa de analfabetismo no
Brasil alcança números absurdos. Entretanto, não é da mesma época a
preocupação da sociedade brasileira com os efeitos prejudiciais de tal
índice. Estudos revelam que o início dessa preocupação é advindo de meados
do século XX, século no qual a taxa de analfabetismo chegou a 65%, fazendo com
que a parcela da população brasileira apta a exercer o direito de votar fosse
extremamente diminuta.A origem mais longínqua do analfabetismo no Brasil está na própria formação da economia colonial, onde uma minoria de brancos proprietários dirigia o trabalho de milhares de escravos. Nesse Brasil sem mobilidade social, os jesuítas se encarregaram de implantar um sistema educacional voltado para os filhos da elite, ao passo que catequizavam índios e negros para torná-los mão-de-obra submissa, uma vez que a política educacional estava repleta de ideologias e métodos que perpetuavam a condição de inferioridade de negros e índios, contrariando o sentido básico da educação, que é de possibilitar ao educando um quadro de ascensão social.
A cidadania, por sua vez, pode ser definida como a capacidade
que o indivíduo social tem de exercitar seus direitos e obrigações da forma
mais plena possível, plenitude esta que contribua de forma significativa para a
construção de uma sociedade democrática, na qual se respeitem as condições
sociais das pessoas e que estas possam exercer seu papel cívico de forma
consciente, dispensando à ‘função cidadã’ a sua devida importância.
Dessa maneira, aflora-se a dúvida se um analfabeto está em condições aptas a
exercer tais direitos e observar suas obrigações.
A princípio, pode argüir que fica extremamente prejudicado
o direito de votar caso o eleitor não tenha a capacidade de utilizar a leitura
e a escrita para atingir o mínimo grau de consciência política, através da
qual o eleitor, alicerçado em informações indispensáveis ao exercício do
voto, contribua, na forma mais saliente possível, para a escolha dos
representantes que irão dirigir o rumo do seu Estado.
Na escala hierárquica dos problemas sociais brasileiros, situa-se no topo da urgência e relevância o analfabetismo. Pela educação, o homem passa a exercer seus direitos políticos, podendo escolher conscientemente seus representantes e cobrar, eficazmente, a prática das providências necessárias para o desenvolvimento de uma sociedade mais justa e igualitária.
Coloca-se, comumente, como uma das causas da defasagem do sistema político atual do Brasil o elevado número de analfabetos. Um fato que comprovaria tal afirmação é a existência, até hoje, de práticas eleitorais que nos causam espanto como, por exemplo, a compra de votos ou captação ilícita de sufrágio. Fazendo uma análise superficial, podemos até afirmar que é bem mais fácil um analfabeto ter seu voto comprado em época de eleições do que um cidadão alfabetizado, visto que aquele não tem a oportunidade de se informar acerca dos candidatos. No entanto, entendemos que o analfabeto é alvo quase certo dessa prática eleitoral ilícita não necessariamente pela sua condição de iletrado, mas sim pela sua condição econômica. Assim, devido à grande parte dos analfabetos encontrar-se em situação de miséria periclitante, um "punhado" de feijão vale bem mais do que um voto para os que vivenciam a miséria extremada.
Não se pode esquecer que para que se obtenha a existência de um sistema democrático na verdadeira acepção de sua expressão, devemos partir do pressuposto da incidência da participação de todos os indivíduos sociais nos destinos do governo. Tal participação dar-se através dos direitos políticos.
Pode-se definir direitos políticos como sendo o complexo de direitos que possibilita à pessoa a participar livremente dos negócios políticos do seu Estado, investindo-se, dessa maneira, de um direito público subjetivo. Vale ressaltar que os direitos políticos encontram-se estritamente atrelados, do ponto de vista objetivo, à configuração da cidadania.
Na escala hierárquica dos problemas sociais brasileiros, situa-se no topo da urgência e relevância o analfabetismo. Pela educação, o homem passa a exercer seus direitos políticos, podendo escolher conscientemente seus representantes e cobrar, eficazmente, a prática das providências necessárias para o desenvolvimento de uma sociedade mais justa e igualitária.
Coloca-se, comumente, como uma das causas da defasagem do sistema político atual do Brasil o elevado número de analfabetos. Um fato que comprovaria tal afirmação é a existência, até hoje, de práticas eleitorais que nos causam espanto como, por exemplo, a compra de votos ou captação ilícita de sufrágio. Fazendo uma análise superficial, podemos até afirmar que é bem mais fácil um analfabeto ter seu voto comprado em época de eleições do que um cidadão alfabetizado, visto que aquele não tem a oportunidade de se informar acerca dos candidatos. No entanto, entendemos que o analfabeto é alvo quase certo dessa prática eleitoral ilícita não necessariamente pela sua condição de iletrado, mas sim pela sua condição econômica. Assim, devido à grande parte dos analfabetos encontrar-se em situação de miséria periclitante, um "punhado" de feijão vale bem mais do que um voto para os que vivenciam a miséria extremada.
Não se pode esquecer que para que se obtenha a existência de um sistema democrático na verdadeira acepção de sua expressão, devemos partir do pressuposto da incidência da participação de todos os indivíduos sociais nos destinos do governo. Tal participação dar-se através dos direitos políticos.
Pode-se definir direitos políticos como sendo o complexo de direitos que possibilita à pessoa a participar livremente dos negócios políticos do seu Estado, investindo-se, dessa maneira, de um direito público subjetivo. Vale ressaltar que os direitos políticos encontram-se estritamente atrelados, do ponto de vista objetivo, à configuração da cidadania.
Voto nulo só anula o futuro
Esta opção é vantagem apenas para quem lidera as
aferições eleitorais, relegando a possibilidade de ampliar o debate
entre vários candidatos. “Com um grande número de brancos e nulos, as
chances do primeiro colocado ser eleito logo no primeiro turno é muito
maior”, explicou.
Isso acontece porque o pleito descarta os nulos e brancos como votos válidos e a porcentagem é feita apenas com os votos que escolheram apenas um dos candidatos.
Dizem que ainda há questões ditas favoráveis à opção pelo voto nulo, uma das falácias é a de que se mais da metade da população anular o voto, a eleição é inválida e os candidatos ficam impedidos de concorrer. Um exemplo: se numa cidade de 1000 eleitores e 999 pessoas anularem o voto, este único cidadão que votou em alguém elege o candidato com 100% dos votos válidos.
Outro caso de ineficiência do voto nulo refere-se à ausência do eleitor no pleito. Numa breve análise, caso o cidadão falte à eleição, anule ou deixe em branco seu voto como protesto, não há resultado prático.
“É muito mais cômodo anular o voto quem não quer opinar e participar do processo político e eleitoral”. “Existem maus candidatos porque existem maus eleitores. Sem voto, você perde a oportunidade e o direito de lutar pela própria comunidade”.
Isso acontece porque o pleito descarta os nulos e brancos como votos válidos e a porcentagem é feita apenas com os votos que escolheram apenas um dos candidatos.
Dizem que ainda há questões ditas favoráveis à opção pelo voto nulo, uma das falácias é a de que se mais da metade da população anular o voto, a eleição é inválida e os candidatos ficam impedidos de concorrer. Um exemplo: se numa cidade de 1000 eleitores e 999 pessoas anularem o voto, este único cidadão que votou em alguém elege o candidato com 100% dos votos válidos.
Outro caso de ineficiência do voto nulo refere-se à ausência do eleitor no pleito. Numa breve análise, caso o cidadão falte à eleição, anule ou deixe em branco seu voto como protesto, não há resultado prático.
“É muito mais cômodo anular o voto quem não quer opinar e participar do processo político e eleitoral”. “Existem maus candidatos porque existem maus eleitores. Sem voto, você perde a oportunidade e o direito de lutar pela própria comunidade”.
Idosos com mais de 79 anos veem voto como ferramenta de mudança
Em 2012, número de eleitores nesta faixa etária cresceu 30,8% no Brasil.
Para historiadora, idosos dão uma grande lição de cidadania à população.
Eles têm mais de 79 anos, mas a idade não é barreira quando o que está em discussão é a o exercício do voto. Para els, votar é uma ferramenta de transformação da realidade dos municípios. Nas eleições deste ano, o número de idosos eleitores cresceu 30,8% em relação ao último pleito municipal. Só no Estado de São Paulo, o aumento é de 36,9%.
RazõesPara a historiadora Sandra Molina, a memória é o fator que motiva os idosos a votar mesmo não havendo mais a obrigatoriedade. “Eles têm a memória afetiva de participar da política. Um idoso de 70 anos passou por grande parte da história recente deste país, incluindo o processo de democratização. Neste período, eles entenderam que poderiam fazer a diferença. O idos entende o que era o Brasil há 30 anos atrás, o que o Brasil poderia ser e o que o país já conseguiu. Talvez por isso ele não desista de votar, porque ele acredita que ainda pode fazer a diferença”, afirma.
O fato da proximidade com os candidatos da cidade estimula o aposentado Milton Kenan, de 79 anos. “As eleições municipais são mais importantes que as estaduais e federais. Temos mais liberdade para cobrar melhorias na cidade”, diz.
Ao contrário dos idosos, a historiadora afirma que os jovens estão cada vez mais desinteressados da política. “Eles veem uma série de escândalos sem punição e se acham impotentes para fazer com que os políticos corruptos deixem seus cargos”.
Sandra afirma que os idosos sabem o quanto foi difícil a luta da conquista sobre o direito do voto. “Eles querem um sistema de saúde decente, uma aposentadoria digna, e o voto é uma forma de exigir isso. Eles nos dão uma grande lição de cidadania”.
Adolescentes não votam por preguiça, desinteresse e falta de tempo
Após pesquisa revelar que número de eleitores entre 16 e 18 anos caiu, iG ouviu jovens em SP, RJ e no DF: poucos são críticos
Uma pesquisa
revelou que o número de pessoas aptas a votar em 2010 cresceu 7,8% em
relação às últimas eleições presidenciais, em 2006. Apesar disso, a
quantidade de jovens entre 16 e 18 anos – para os quais o voto é
facultativo – que deve ir às urnas em 3 de outubro será 6,8% menos do
que há quatro anos. O pleito deve contar com 2,39 milhões de jovens,
enquanto 2,56 milhões se dispuseram a escolher o último presidente. Essa
queda chega a 18% se comparada à eleição de 2008.
“A juventude
não tem interesse pelas questões públicas, a política não é uma dimensão
que atrai”, explica Milton Lahuerta, chefe do departamento de
Antropologia, Política e Filosofia da Universidade Estadual Paulista.
Para ele, o mundo virtual faz parte desse processo. “O Twitter, por
exemplo, reforça a rapidez da informação e não induz a reflexão. As
pessoas não são educadas a dialogar, a enriquecer o vocabulário e a
sofisticar os argumentos”, afirma.
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